O Setor Financeiro é uma das áreas administrativas mais importantes da sua empresa. Estando bem estruturado, o empresário consegue planejar e controlar o uso dos recursos do empreendimento, que quando gerido com eficiência, é capaz de garantir melhor alocação de capital, e, consequentemente, maior lucro ao empreendimento. Logo, com um planejamento financeiro de qualidade sua empresa consegue alcançar um outro nível!
E, para ficar mais claro, neste artigo você vai aprender as funções desse departamento, como funciona e como estruturar esse setor dentro da sua organização.
Qual a função do Setor Financeiro?
A principal responsabilidade do setor financeiro é fazer a alocação de capital mais eficiente possível, para que a organização consiga cumprir com seus objetivos e arcar com o seu nível de ineficiência (Nível de Ineficiência são as Despesas Fixas estruturais de um empreendimento, ou seja, aluguel, energia elétrica, salários, encargos, entre outros).
Entretanto, essa não é a sua única função, além da alocação de recursos, o setor financeiro também exerce a tesouraria, contabilidade, planejamento financeiro, gestão de contas, de riscos, de impostos, e, em caso de capital aberto, a relação com os acionistas.
Só assim, já é possível entender o quão importante e quão impactante é ter um bom setor financeiro bem estruturado na sua organização. Mas você sabe como, de fato, estruturá-lo? A CEFET Jr. Consultoria separou algumas dicas para você. Confira!
Qual a estrutura organizacional do Setor Financeiro?
Antes de entrar na estrutura organizacional do setor financeiro, primeiro precisamos entender do que se trata uma estrutura organizacional.
A Estrutura Organizacional é um instrumento da área da gestão, que em resumo, é a forma como uma organização é dividida e hierarquizada.
Para entender qual deve ser a estrutura organizacional do seu setor financeiro, primeiro é preciso entender qual é o tamanho da sua organização. Sendo este, subdivido entre empresas de pequeno, médio e grande porte.
- Se é uma empresa pequena, uma tesouraria já seria suficiente para o controle das contas do empreendimento.
- Para empresas de médio porte, além de uma área destinada ao controle das contas, também seria necessário uma área de gestão de Capital de Giro, uma vez que esse é um dos conceitos financeiros que, quando mal geridos, mais levam os negócios a falência.
- Por fim, se estamos falando de uma empresa grande, além desses últimos dois pontos, também seria essencial ter uma área de auditoria e contabilidade.
Depois de entender quais são as formas que a sua empresa pode se adequar a estrutura organizacional desse setor, é preciso dividir a área de acordo com a atuação da empresa, estabelecendo níveis nítidos de autoridade, já delegando, também, seus graus de responsabilidades e a quantidade de mão de obra necessária para cada “núcleo”.
Faça um Planejamento Estratégico
Dentro da área financeira, temos abrangentes conceitos como os conhecimentos financeiros, econômicos e contábeis. Entretanto, entender perfeitamente esses três pontos não é suficiente para garantir que o seu setor funcione com a maior eficiência possível.
Além desses, é muito importante ter uma visão estratégica de gestão para ter uma visão mais sistêmica da organização e, consequentemente, traçar melhores planos de ação da vertente financeira.
Dessa forma, como não é suficiente só focar na Gestão a curto prazo, é importante que o setor financeiro tenha um direcionamento estratégico, uma definição clara de onde se quer chegar e qual lucratividade quer alcançar.
Porém, antes de seguir absorvendo o conteúdo deste artigo, deixo uma frase muito utilizada na área financeira, por gestores financeiros: “Faturamento é ego, Lucro é ponto de vista e Caixa é realidade”.
Ou seja, é fundamental para o setor financeiro de um empreendimento, que o planejamento estratégico financeiro converse com os objetivos estratégicos da organização. Todavia, é preciso desnaturalizar na cabeça dos gestores que “se estamos vendendo está tudo certo”. Lembre-se, Faturamento é ego, caixa é realidade.
Sendo assim, é importante que o setor financeiro apresente um orçamento consolidado, não podendo ser de mão única da Gestão Financeira, nem de mão única da Gestão Estratégica, é preciso conversar com os tomadores de decisão de cada área para assim construir um planejamento estratégico e um planejamento financeiro de qualidade.
O Caixa é realidade!
Não adianta de nada ter um setor financeiro que não controla e acompanha os seus resultados, pois assim, não consegue entender se, de fato, estamos chegando aonde se foi planejado. Assim, é preciso controlar e acompanhar os seus dados e indicadores no mínimo mensalmente. Então, o que precisa ser feito, é jogar os dados que possui em relatórios, como o de Fluxo de Caixa.
Existem dois tipos de Fluxo de Caixa, o realizado e o projetado. É importante que ambos sejam alimentados de forma concisa e alinhada com os objetivos da empresa, de forma que gargalos futuros não aconteçam.
O fluxo de caixa realizado é construído com base nas informações realizadas, as que são pontuadas em seu “Livro Diário”, ou seja, as entradas e saídas de dinheiro que já aconteceram na empresa, sejam elas operacionais (diretamente ligadas com a atividade fim da operação), ou não operacionais (Não ligadas à atividade fim da operação). Assim, permite que a empresa acompanhe o saldo financeiro, analise-o por meios de gráficos complementares e tome decisões mais assertivas.
Já o fluxo de caixa projetado consiste na projeção, para um período futuro determinado, das entradas e saídas do caixa da empresa, contando com suas contas “a pagar” e “a receber” das datas futuras dentro desse período. Esse relatório busca antecipar situações de riscos e até mesmo entender o seu Capital de Giro.
Por mais que muito importante, a maioria das empresas só utilizam a DRE, o que deixam as empresas que usam o Fluxo de Caixa com maior vantagem competitiva e comparativa, pois além de conseguir entender até quando pode baixar seus preços sem ter prejuízo, consegue também manter os preços a nível de mercado e ainda conseguir um lucro acima da média daquela área e setor. Entretanto, a DRE também não deve ser negligenciada, o ideal é ter o maior número de relatórios possível, seja Fluxo de Caixa Realizado, Fluxo de Caixa Projetado, DRE, Balanço Patrimonial, Gráficos, entre outros.
E aí? Achou interessante? Ainda tem alguma dúvida de como estruturar esse setor na sua organização? Fale com um de nossos especialistas!