Hoje em dia, muito se fala de startups, mas para início de conversa, vamos definir o que é uma startup e como ela se diferencia de uma empresa convencional!
O que significa “startup”?
Primeiramente, startup nada mais é do que um grupo de pessoas iniciando uma empresa, trabalhando com uma ideia diferente, escalável e em condições de extrema incerteza.
Mas, é interessante saber de onde surgiu esse conceito e como ele se tornou tão popular nos dias de hoje.
Pois bem, a utilização do termo começou no Vale do Silício na década de 90 quando foi formada uma bolha especulativa caracterizada pela alta das ações das novas empresas de tecnologia da informação e comunicação alocadas no espaço da Internet. Esse movimento aconteceu principalmente na área tecnológica. Isso foi chamado de internet bubble, que pode ser traduzido como “bolha da internet”.
Foi essa a época do surgimento de grandes empresas, verdadeiras gigantes do mercado, como o Google e a Apple. Outras do segmento que vieram no mesmo contexto foram a Microsoft e o Yahoo!. Um pouco mais tarde surgiu o Facebook.
As startups brasileiras começaram a surgir no início do século XXI e o crescimento acelerado se deu no início dessa última década.
Hoje é impossível você encontrar alguém que nunca tenha ouvido falar sobre startups, ou até mesmo que nunca tenha utilizado de seus serviços.
Mas, em um cenário tão incerto, como isso dá tão certo?
De acordo com levantamentos da Associação Brasileira de Startups (ABStartup) a estimativa é que haja em torno de 62 mil empreendedores e 6 mil startups brasileiras. Quando consideramos as que estão em fase inicial, mesmo sem CNPJ, o número de startups ultrapassa 10 mil.
Mas afinal, o que significa estar em fase inicial?
Antes de mais nada, vale destacar que o conceito de fases de uma startup não é uma ciência exata. É possível traçar paralelos nas diversas startups, alguns colocam mais e outros colocam menos etapas.
Porém, neste artigo vamos trabalhar com quatro períodos de uma empresa de tecnologia que acaba de nascer.
De modo geral, as startups passam por quatro fases em toda sua vida, são elas:
Essas são as fases de desenvolvimento que uma startup precisa passar para atingir o sucesso.
Para ter um empreendimento que seja autossustentável, é necessário que os empreendedores subam um degrau de cada vez, sem ter pressa, demonstrando aderência com o mercado.
Para isso, é importante buscar meios e possibilidades de resolver uma dor ou criar uma nova forma de entregar valor para um cliente.
Em seguida, falaremos mais um pouco sobre cada uma dessas fases e quais são as suas principais características.
Fiquem ligados!
Fase de Ideação
Primeiramente, vamos começar pelo começo, não é mesmo?! A primeira fase do ciclo de vida de uma startup que acabou de nascer é a fase de ideação, também conhecida como a fase da adolescência.
Assim como cada um de nós tivemos a nossa fase de adolescentes, e sabemos que nessa fase, de modo geral, somos pessoas criativas e sonhadoras. Mas, no final acabamos percebendo que a vida não é como um morango, e nem tudo que é idealizado por nós, é alcançado.
A fase de ideação de uma startup não é diferente!
Esta fase é o momento onde a ideia de negócio é colocada à prova, ela tem o objetivo de validar a ideia de negócio para que o empreendedor ou empreendedora comece a ter as suas primeiras respostas do mercado.
Para guiar o processo de atingimento desta fase, é necessário que a startup resposta algumas perguntas básicas:
- Qual o problema que eu resolvo?
- Quem é meu cliente?
- Que solução eu ofereço?
Para isto, pode ser feita tanto Análise de Concorrentes quanto a Análise de Consumidores.
Além disso, é preciso procurar pelo capital necessário a ser investido, por meio do estudo da viabilidade financeira e, em caso de necessidade, se inicia a procura por investidores ou financiadores.
Pode ser que as respostas dessas perguntas sejam alteradas no decorrer do processo de crescimento da empresa nascente, mas é fundamental a estruturação neste início para exatamente qual é o ponto de partida da startup e, principalmente, validar todas essas premissas no mercado.
Fase do produto ou MVP
Depois de entender qual é a ideia e como o mercado reage, é a hora de começar a oferecer a solução desenvolvida e mostrar ao mundo os benefícios oferecidos.
Este é o momento para colocar em prática o MVP, que nada mais é do que estratégias que possam garantir o bom desempenho de uma startup com as menores incertezas possíveis e sem desperdício de tempo e recursos.
Minimum Viable Product, ou, em português, Produto Minimamente Viável, se trata de um conjunto de testes iniciais de um produto ou serviço, o qual deverá estar moldado utilizando o mínimo de recursos possíveis.
Saiba tudo sobre esse conceito, neste post aqui!
Também, é neste momento que é comum apresentar a startup a investidores e participar de programas de desenvolvimento de startups.
Por isso, é muito importante aprender a como atrair investidores para a sua startup!
Falamos tudo sobre como atrair investidores neste artigo, clique aqui!
Para entender como funciona, recomendamos um programa bem famoso, o Shark Tank que é interessante assistir e se inspirar, você já conhece?
Nessa fase, além da prospecção, é importante se concentrar no relacionamento com os clientes já conquistados e estar atento à experiência de uso para identificar possíveis pontos de melhoria e oportunidades.
Essa fase é valiosa para aperfeiçoar o serviço/produto, portanto se atente aos feedbacks dos seus clientes!
Fase da tração
Depois de ter tido a ideia e a ter validado no mercado, é hora de crescer da startup sem perder a qualidade de entrega de valor.
A tração é um passo importante para a startup virar uma empresa consolidada. Nesta, já se sabe qual é o produto, quanto custa para adquirir e reter clientes, agora precisa expandir a operação e aumentar a carteira de clientes.
Aqui não é suficiente entender somente seus clientes, mas também os canais mais apropriados para atraí-los. Para tracionar, você vai precisar de uma abordagem sistemática, de um método para seguir crescendo e cada vez atraindo mais clientes.
Por isso, os canais de aquisição são tão importantes. É através deles que será possível escalar seu negócio.
É preciso focar sempre no canal principal e, em cada estágio do negócio, eleger um canal que deverá receber mais atenção, afinal, ele poderá trazer a maioria dos clientes.
Fase de scale-up
Esta fase leva em consideração a premissa da startup que é ser escalável, pois este é o estágio de crescimento que todas as startups estão em busca.
É o momento de escalar seu negócio e o grande desafio é ganhar escala rápido, por isso a tração é tão importante.
Nesse estágio, é preciso captar ainda mais clientes e manter o ritmo de crescimento, evitando que os custos para manter a operação ultrapassem a receita.
Afinal, uma scale-up está no auge do seu desenvolvimento. A partir disso, ela pode se tornar um unicórnio, uma empresa de capital aberto e ser vendida também.
Esses negócios correspondem a cerca de 1% dos empreendimentos brasileiros (35 mil empresas) de todos os portes, segundo o IBGE, estão nos mais diversos mercados de atuação, não apenas no ramo da tecnologia.
Portanto, o primeiro quesito é ter capital de giro, próprio ou de terceiros, para dar base à expansão de atendimento a uma carteira de clientes que cresce exponencialmente.
Vale da Morte das Startups
O Vale da Morte das Startups é o momento em que as startups ainda estão no negativo e estão dando seus primeiros passos para se estabelecerem.
Por isso, é necessário investir dinheiro, validar a ideia e depois lançar o produto.
Esse passo a passo ajudará a sair dessa situação e encontrar o ponto de equilíbrio.
Normalmente, um dos maiores problemas é buscar ter uma ideia aceita pelo mercado e achar o modelo de negócios mais adequado.
Portanto, esta etapa inicial é crucial para o sucesso do seu negócio.
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Exemplos de Startups
Agora, vamos mostrar 5 startups que revolucionaram o mercado! Com certeza você já ouviu falar de alguma dessas startups e vai conseguir se inspirar!
Buser
A Buser revolucionou a viagem terrestre por meio da tecnologia. O modelo de negócios da empresa é centrado no fretamento de ônibus para viagens intermunicipais. É como se fosse um “Uber dos ônibus”: as pessoas interessadas na viagem fazem a reserva pelo app e, no momento da viagem, dividem entre si os valores do frete do ônibus.
iFood
Todo mundo conhece, não é mesmo? O serviço revolucionou a forma com que pedimos delivery e é a principal forma de conectar, hoje em dia, restaurantes, clientes e entregadores. O que muita gente se confunde é na origem da startup, que embora pareça estrangeira por conta do nome, é 100% brasileira!
Nubank
Essa é a fintech mais conhecida do Brasil! Chamada de “roxinho”, a Nubank introduziu a ideia de bancos digitais no mercado brasileiro. Ela oferece todas as soluções de um banco convencional, mas sem taxas abusivas. Vem sendo queridinha de muitos brasileiros!
Quinto Andar
A Quinto Andar resolve as dores dos milhares de brasileiros que sofrem na hora de alugar um imóvel. Facilitando o processo tanto para locadores quanto para locatários, o app dispensa fiadores, utiliza assinatura digital para o firmamento do contrato de locação e oferece anúncios gratuitos para os proprietários de imóveis.
Descomplica
Essa é a empresa que qualquer estudante de ensino médio em preparação para as provas de vestibular conhece. O Descomplica revolucionou o mercado das Edtechs, setor das startups voltadas especialmente para a área da educação. Com sua plataforma online, a empresa conta com aulas completas focadas no vestibular, e hoje já expandiu para a graduação e pós graduação.
E aí, ficou alguma dúvida sobre esse assunto? Não se preocupe e marque uma conversa conosco!